quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Expressões de diferentes culturas

"A ideia de que as expressões faciais são universais é posta de lado por um conjunto de investigadores da Universidade de Glasgow, que estudou as diferenças de interpretação entre orientais e ocidentais. Foram detectadas disparidades, resultantes do local do rosto para onde cada grupo foca o olhar.

A boca é o centro das atenções dos ocidentais. Os olhos são o local para onde olham os orientais, que cometem mais erros interpretativos.

Vêem orientais e ocidentais o medo de modo igual? Orientais e ocidentais interpretam de modo igual as expressões faciais? A cultura interfere com a interpretação? Foram estas algumas das questões que motivaram a investigação de um grupo de cientistas da Universidade de Glasgow, que acabou por concluir que as expressões faciais não são vistas da mesma forma por orientais e ocidentais.

Os investigadores escoceses pediram a 13 orientais e 13 ocidentais para avaliar rostos, onde estavam patentes as expressões de felicidade, tristeza, surpresa, medo, nojo, ira ou indiferença. Os dois grupos fizeram avaliações diferentes, sendo que os orientais cometeram mais erros: confundiram medo com surpresa e ira com nojo.

Depois de concluída a observação, os cientistas constataram que as diferenças residem no faço das pessoas olharem para locais diferentes do rosto. Enquanto os ocidentais avaliam a totalidade do rosto, especialmente a boca, os orientais focam-se apenas nos olhos, um local, segundo os investigadores, “de maior ambiguidade”.

A maior atenção dada aos olhos é característica das culturas orientais. Os cientistas notaram que, enquanto no ocidente os ícones usados nas mensagens electrónicas se focam na boca, no Oriente as diferenças são acentuadas sempre nos olhos. Para dizer feliz, os ocidentais usam o :-). Já os orientais usam o (^_^).

Perante os resultados da observação, os cientistas asseguram que a avaliação das expressões varia de cultura para cultura e, como tal, as expressões faciais perdem-se na tradução, uma vez que não são universais.

Outra conclusão do estudo, agora publicado na revista científica Current Biology, é a de que os orientais, quando se enganam na interpretação, optam sempre pela emoção mais positiva.

Trocam o medo pela surpresa e a ira pelo nojo. Isto, segundo a investigação, também é fruto da importância e aceitação das emoções em culturas diferentes.

Fonte: Canal UP."

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